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Entre as mãos, o amor.

  Estendi minhas mãos ao vento, com a coragem de quem não teme o incerto. Segurava flores, mas, na verdade, entregava meu peito aberto. Entre nós, um vão, feito de céu, de silêncio, de distância. Mas também feito de algo invisível: esperança. Ela, do outro lado, talvez nem soubesse  mas segurava, sem tocar, o que de mais sincero alguém pode ofertar. Porque o amor, quando é verdade, não pede, não força, não exige. Ele se estende, se oferece, e se permite existir… Porque o amor, quando é real, ele não obriga. Ele apenas… se coloca. Inteiro. Sem medo. Mesmo que do outro lado só haja silêncio, ou dúvida,ou o tempo tentando resistir. Quem ama de peito limpo sabe: a beleza não está no que se recebe, mas no que se tem coragem de doar. Se ela pega as flores? Se segura minha mão? Não sei. Só sei que, aqui, do meu lado, ficou o perfume da entrega. E que amar… é isso. É se permitir.

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